sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

12-12-12

Essa semana eu vi muitas pessoas postando "12:12 de 12/12/12" em suas redes sociais, inclusive eu  postei algo assim.

De alguma forma isso me lembrou que quando minha mãe ainda era solteira ela dormia todas as noites ouvindo o programa do meu pai na rádio, e ela me contou que ele sempre comentava "20:20 a hora da coincidência"... anos depois eu aprendi a macumba que se você ver horas iguais, há alguém pensando em você(provável que seja a sua mãe), então você deve jogar dois beijinhos para a pessoa(sério?!)

Mesmo não crendo que há alguém pensando em mim e que vá receber os beijinhos eu mando por hábito. Pff, hábitos são veneno pro comportamento humano. Hábito de falar " vei na boa" grudou em mim e to batalhando pra largar...
Porém há hábitos que você quer que se tornem rotina, que nem sei se podem ser chamados assim... O hábito de sorrir toda a vez que vê o nome da pessoa no celular por causa de uma nova mensagem(gente apaixonada) ou o hábito de assobiar ( gente irritante ¬¬),  o hábito de passar pelos mesmos lugares para chegar em casa, sabendo que há caminhos alternativos. E seguimos nossos hábitos por segurança, por acomodação. as coisas ficam estáveis quando mantemos elas sobre controle e temos medo que quebrar a rotina traga turbulências.
Turbulências não derrubam aviões(depende), mas ensinam que necessita-se cuidado. Esse cuidado não é percebido pois estamos tão hipnotizados pelos hábitos de rotina que quando a turbulência acontece, estamos despreparados e caímos, nos quebramos e não conseguimos levantar.
Quebrar a rotina pra quebrar a cara, ou quebrar a rotina pra saber como levantar dos tombos. Conhecer caminhos diferentes de chegar a uma solução não funciona só com matemática, mas na vida também.
Como saber se quando o seu ponto de vista mudar, o problema desaparece ou se torna algo bom? 
Acho que é sobre isso que se trata  o ato de correr riscos. A ciência de que pode tudo dar errado, com a sabedoria de que uma lição pra vida vai sair com o resultado.
Sinta-se confortável em algum lugar, não digo que devo sair na loca por novos caminhos sem um porto seguro ou uma pista de aterrissagem, aliás, só começe a quebrar sua rotida, quando encontrar uma base de comando para recomeçar quando ( e se) as coisas derem errado.
Você pode estar passando por um campo minado em meio as flores enquanto o caminho seguro está do outro lado da cerca com alguns espinhos.
E ai vem a ideia de que conforto nem sempre é a melhor coisa, a menos que estejamos falando de camas, sofás, poltronas e blá blá blá...

"Continue a nadar"

Pensem em alguém que está cansado, e multipliquem isso pelo cansaço de uma formiga carregando um trator... é, sou eu...
Sempre fui do tipo de pessoa que quanto menos dorme, mais ativo fica. Desde quando criança eu acordava no meio da noite e puxava meus brinquedos pra sala pra passar o tempo. O que me faz pensar que é muito tempo que eu poderia estar dormindo. A diferença é que eu gosto de dormir quando eu quero dormir e não quando eu tenho que dormir. Parece que eu sempre preciso de um plano para o meu dia e gosto de fazer as coisas na ordem que eu quero que aconteçam. O problema aparece no primeiro imprevisto. Algo que se torna mais importante do que aquilo que foi planejado e por necessidade deve ser executado antes. Isso me deixa irritado e sobrecarregado, por mais simples que seja esse imprevisto.
Com o passar do tempo aprendi a controlar minhas reações a imprevistos, "sorria e acene", "continue a nadar" e por ai vai. E não é só no trabalho ou escola que esses imprevistos acontecem... Alguns dos piores imprevistos com a menor possibilidade de resolução fácil aparecem quando tudo parece estar dando certo. Como eu já comentei, quando você entra no atalho errado e acaba parando sem Norte pra seguir, é difícil começar a procurar o caminho de volta ao seu objetivo. 
As vezes nós mesmos criamos os ditos "obstáculos da vida" somente por nos faltar opções de prosseguir. Sabe aquele "momento bobeira" em que você está no modo automático e acaba indo pra lavanderia pegar um copo de água da geladeira? Ai você percebe que está no lugar errado ou as vezes esquece o que ia fazer e se pergunta por qual razão você foi parar ali.(acontece todo o dia/tempo)
É nesse momento bobeira que a vida nos prega as maiores peças e um grande imprevisto surge, quando está estável ou  equilibrado que você se encontra em um estado tenso, qualquer movimento e tudo desmorona. 
Juntar os cacos, respirar fundo, tentar refazer as decisões tomadas pra lembrar qual o real motivo... Métodos simples de fugir de imprevistos, mas que não ensinam a evitá-los. Mas quem mesmo disse que aprendemos a viver antes de executar o verbo? Na verdade, o que se diz é que é vivendo que se aprende... o que não se aprende é entender a verdade nessa frase, que não existe um um manual enlatado de vida para você seguir, já que Vida é uma variável sem padrões... Continue a nadar e aprenda enquanto vive, aprenda a viver e blá blá blá...