segunda-feira, 18 de março de 2024

Tem algo errado comigo


Essa não é uma novidade, muito menos um pensamento recente... Apenas me percebi olhando pra ele de uma maneira bem diferente. 
Desde cedo pensava como as coisas não aconteciam da mesma forma, ou quanto a minha dificuldade era grande quando certas emoções tomavam protagonismo. Claro que eu iria pensar assim. De perto, ninguém é normal.

Se comparar com os outros é a maior injustiça que a gente pode cometer consigo mesmo. Ninguém vive a mesma história, por mais parecidos que sejam, ninguém é feito das mesmas memórias, nem lidam com as mesmas tempestades em seus corações. Se comparar é uma perda de tempo, e a alga sempre será mais verde na lagoa ao lado. Sempre vamos nos comparar de maneira inferior com relação ao outro. 

O que mudou nas minhas sinapses recentes foi a visão de que aquilo que considerava como ERRADO em mim, não precisa de acerto. Não tem como corrigir inteiramente todas as "falhas" de uma pessoa, pois assim ela deixaria de ser quem é totalmente. É o paradoxo do Navio de Teseu (Google ---> Pesquisar).  Se você trocar todas as peças de alguém, ele já não existe mais e passa a ser um novo alguém. 

Meus ERROS, são apenas processos que me fazem analisar as coisas de maneira diferente. Quando reconheço que a minha mente vai fazer caminhos mais longos, ou tomar atalhos diferentes para situações, isso me faz conhecedor de mim mesmo. Isso é muito melhor do que navegar na escuridão de não entender os caminhos da nossa própria mente.

No fim, quando temos algo errado em casa, damos um jeito de nos adaptar e seguir com soluções "provisórias". Mas se valer a pena, se fizer as pazes com as consequências, mudar o que está ERRADO também é uma ótima opção. 

Essa argumentação toda foi elaborada durante um banho por alguns dos personagens do Border. Só quis mencionar isso em gratidão a todos pelas contribuições, pontos e contrapontos. Mesmo nos exageros e viagens na batatinha, meus Ricardos estão em uma ótima sintonia. 

Enquanto estiver percebendo meus erros e considerando mudanças, resta a esperança de sempre me melhorar. Só tenho exemplos práticos de como isso tem sido bom. Reconciliações depois de 10 anos, relacionamentos saudáveis e limites para todas as esferas. Não há espaço para pânico quando você aprende a se navegar e confia na sua máquina. 

De outra forma você pode ser um Titanic. To mais me sentindo uma Millennium Falcon. A banheira mais rápida da galáxia é bla 
, blá, bla...

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Brinquedo novo


Eu sempre tive muitos brinquedos. Meu pai fazia questão de que não faltassem brinquedos para nós. Todos os meses, íamos até uma loja 1,99 e podíamos escolher um brinquedo qu3 quiséssemos.
Claro que naquela época , os brinquedos de 1,99 ainda custavam isso....

Tive baús cheios de carrinhos, dinossauros, pokemons, animais do zoológico e etc... Cada novo brinquedo se tornava o favorito e os demais ficavam meio esquecidos na caixa. Depois de um tempo, todos brincavam juntos, pois eu ficava com dó de ter abandonado os brinquedos... 

Essa minha percepção sobre o abandono me fez perceber que eu sempre tive ali o tabu da solidão. Lembro de uma vez sentir tanta saudade da minha mãe durante o dia de trabalho dela, que liguei depois de uma crise de choro, pedindo um boneco novo para brincar. 

A relevância disso faz muito sentido se for ver meus traços Borderline.

Eu me sinto um conjunto de pequenos abandonos. Parece que a metade pessimista de mim, insiste em apontar todos os quases. Um quase enorme que preenche várias histórias. Aí vem a parte saudável e chega a irritar com essa ideia. Eu não sou essa história abandonada de um quase. 

Mas constantemente sinto que sou o brinquedo favorito até chegar o brinquedo novo. Não é um sentimento estranho... Ele chega até a ser bem vindo. Tem em si já familiaridade de emoções retorcidas e limitações. Mas o conforto da familiaridade para por aí. O conforto de buscar estar saudável é longe dessa limitação é bem mais apelativo. 

Relato de mais um pensamento intrusivo. Eu não sou um quase e nem uma coleção de pequenos abandonos. Essa não é a minha história completa. Apenas uma narrativa romântica e pessimista de pequenas porções que nem me preenchem mais.

E enquanto eu não for mais o novo brinquedo, há um baú cheio de memórias e aventuras pra se viver. Quero ver se encontro a cabeça da Power ranger amarelo por aí e blá blá blá....

sábado, 2 de setembro de 2023

Se não for Eu


Oi! sou eu de novo.
Mas não sou mais eu mesmo. Na verdade agora sim posso dizer que sou eu de verdade. 
O eu de antes era eu também, com todas as imperfeições e incompleto... mas não era o eu como eu sou agora...
Se está fazendo sentido nenhum pra você, imagina pra mim que estou te tentando escrever sobre. 

De lá pra cá um relacionamento terminado, uma nova carreira consolidada, novos amigos que me conhecem melhor do que a minha família e vários traumas curados. Eu mencionei o diagnóstico de Transtorno Borderline ?

Voltamos pra minha caixa de areia, pois a versão viva dela esta lá fora vivendo suas histórias. Então aqui vamos nós voltar a escrever a minha. 

Alguém tem um exemplar do manual da vida sobrando pra me emprestar? Eu realmente devo ter dormido quando eles distribuíram o descritivo de normalidade. E eu sei que cada um vive uma realidade, já não sou mais aquele eu que se comparava com os demais e se diminuía. É que aminha realidade deveria me bastar ao invés de me fazer querer sair correndo de mim.

O que é essa vontade doida de sumir sem deixar sinais nem explicações? Ao mesmo tempo que eu fico encantado e amo cada nova parte de mim que descubro, me sinto cansado de carregar todas essas ferramentas para manter a estabilidade emocional. Qual o objetivo ? Deve haver algum propósito né?

O sentimento de pertencer a si mesmo é maravilhoso. Sei bem quem eu sou e sei até onde vão as minhas beiradas. Mas pertencer a um grupo de pessoas me faz sentir completo. E por mais que eu sempre soubesse a finitude dos ciclos, quando me vejo novamente pertencendo apenas a mim, não é tão reconfortante.

Para o momento, estamos trabalhando em reduzir a  necessidade de validação por meio de terceiros, aceitar o destino de solidão o Eu e o não eu juntos e também muita terapia para curar feridas de morte feitas por anos de indisponibilidade emocional paterna. Ou seja, o de sempre. 

Apesar de estar melodramático o texto de retorno, existe em mim a euforia de saber que tudo isso vai passar e estarei melhor, maior, mais completo e com novas imperfeições para aprender a amar. Não vou prometer escrever sempre, tenho participado bem mais da minha vida do que quando costumava apenas escrever sobre ela aqui. Mas, tentarei me aliviar sempre que possível nesse lugar familiar. Hoje mesmo ouvi que aquilo que não vira palavra vira angústia. 

Então eis aqui a minha angústia pra eu me reler a hora que precisar. Agora começou a minha música e eu preciso dançar ela no espelho, além de responder as mensagens pra saberem que ainda vivo... Viver minha solitude, extravasar os dramas, chorar no chuveiro e blá, blá, blá.....

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Oi, você faz faculdade né ?


Oi. 
Estou com saudades. 
Todo dia. O tempo todo. Você está bem ? 
Como estão seus dias nublados? E nos dias de Sol seu olho ainda fica mel ? 
Saudade de acordar e sentir você ali deitada no meu ombro. 
Saudade de encher você de beijos. Saudade de brincar com sua mão... 
Saudade de enroscar meus dedos nos seus cachinhos até vc dizer que ia destruir as 2h que tinha levado pra deixar eles arrumadinhos. 
Saudade de falar bobeira pra ouvir sua risada. Ouvir você cantar, fingir que não estou olhando quando você está dançando, pq sei que se me perceber olhando você para. 

Saudade de ver seu entusiasmo quando está cozinhando algo que ficou dias namorando no YouTube. Saudade de quando você era minha saudade certa e não a minha saudade passada. 

Você está feliz ? 
Talvez eu já te superei. Só pode ser isso. 
Talvez eu já perdoei toda mágoa que tinha ficado. 
É a única razão que eu encontro pra me ver querendo apaixonar de novo por você. 

Não vou apertar esse botão. Não vou mexer nessa ferida. 
Vou deixar passar. Esfriar. Será que esfria aqui dentro o tanto quanto esfria lá fora agora? 

Meu Deus eu só queria seu abraço, seu cheiro e um cafuné. 
Fica aqui. Eu vou buscar seu chá. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Eu escolhi a paz


Eis que eu tomo a decisão mais egoísta e racional da minha vida. Quando tudo parecia certo e encaminhado para um resto de vida monogâmico, eu escolhi cancelar o rolê e ficar em casa assistindo Netflix. 

Acontece que não tinha responsabilidade emocional nenhuma da outra parte. E tudo bem. Nem todo mundo está preparado pra pagar o preço emocional de se envolver com outra pessoa. 

O problema é que quando você é a única fonte de pensamentos saudáveis e responsável pra desarmar todos os gatilhos - que muitas vezes não eram nem gatilhos - O seu desgaste é bem maior. Veja, você estabiliza o outro, você mesmo e o relacionamento como uma terceira entidade. 

Outra coisa é constantemente ser lembrado de que tudo pode dar errado a qualquer momento. Mas essa é uma certeza que você já está ciente desde que nasceu. A gravidade que nos prende ao chão é a mesma que faz a gente ralar o joelho ou quebrar alguns ossos durante tombos. 

Então eu escolhi a paz. Escolhi a solidão e a solitude. Ser responsável apenas pela minha estabilidade emocional. A decisão foi racional, mas meu emocional levou a porrada. Pra ele eu digo todos os dias "foi a melhor coisa que eu fiz por mim". 

Pela paz que eu escolhi, mas ainda não encontrei, eu continuo todos os dias insistindo que a saudade faz parte até ficar mais suportável. Insisto que tudo aquilo que não conseguimos ser serão fantasmas que não poderão me prender pra sempre e um dia eles até deixarão de me assombrar. Eu já entendi que a paz que eu escolhi está vindo do Aliexpress, então nem adianta me estressar ou ficar ansioso com a sua chegada. 

Vai ser uma manhã de domingo quando eu acordar e perceber que ela já chegou e se instalou aqui. Vai ser calmo, vai ser pra valer a pena as minhas decisões mais difíceis, vai ser com um café preto, panquecas com calda de frutas vermelhas e blá blá blá...

domingo, 29 de dezembro de 2019

A solidão exige um jogo justo

Qual o nome da doença que te acorda as 6h00 no domingo e aí vc não dorme mais?? 

GOOGLE >>> PESQUISAR
Solidão e solitude são tipo um reflexo no espelho. As vezes vc tá sentindo um e é o outro que tá acontecendo.

Solitude eu tenho quando converso por horas com diversos amigos, mas o assunto parece que se vai e eu fico observando como o pintor do meu apartamento foi caprichoso. Não tem nenhuma mancha na parede.

Solitude tbm é ler quase metade do último livro de Harry Potter e chorar um pouco em cada morte de personagem. Ou parar no meio de uma cena foda e dizer sozinho pro meu Funko do Harry: "uau. Foda. "

Solidão eu tenho quando eu acordo as 7h00 de um domingo e não consigo mais dormir, daí fico jogando mensagens aleatórias sobre solidão e solitude aqui.

Solitude é poder escolher todos os sabores de pizza que eu mais gosto.
Solidão é não poder dividir os 6 gigantes pedaços dela com alguém sobre risadas e boas histórias.

Solitude é ouvir as músicas que gosto enquanto limpo o meu canto, estudo ou faço trabalhos da faculdade. Solidão é não poder dividir esse silêncio com ninguém.

Eu disse que é confuso porque as vezes eu sinto solitude, que é algo bom e que me daria prazer, mas vem junto sintomas de ansiedade ou pensamentos negativos. 

Talvez porque não deva ser solitude quando você não faz essas coisas por escolha e opção, mas por consequência de estar sozinho, apenas pra não sentir solidão.

Como se eu tivesse tentando trapassear no jogo e a solidão viesse exigir presença também pra deixar tudo justo e blá blá blá 

sábado, 22 de agosto de 2015

Pra simplificar...

Eis que navegando pelos canais do youtube (que hoje pra mim já é melhor do que uma televisão e preferível na escolha de onde eu devo perder meu tempo) quando encontro este vídeo "A letter from Fred - Sweet Lorraine (Uma carta de Fred) a qual compartilho com vocês abaixo:



As coisas complicaram. Foram muito bagunçadas. Parece que de tanto gostarem da brincadeira alguém inventou novas regras pro jogo e tudo ficou muito mais complexo.

Hoje temos maior liberdade de escolher com quem passaremos o resto de nossas vidas, mas passamos boa parte dela tentando ser a melhor companhia. E quando encontramos a metade da laranja, já estamos cheios de "poréns e entretantos" que nem sabemos direito como reagir. 

O mundo nos dita o que é certo, o que é errado, o que é legal e o que não é. No meio de tanto barulho acabamos perdendo o foco do verdadeiro motivo pra duas pessoas ficarem juntos. Este vídeo, o qual acredito e espero que todos tenham assistido, me emociona pela simplicidade em que as coisas aconteciam naquele tempo. 

Não estou sendo ingênuo pra dizer que eles nunca tiveram uma briga e quebraram os pratos, ou que nunca rolou uma DR complicada. Estou dizendo que os dois entendiam o compromisso maior que haviam formado. Não estavam preocupados se a casa tinha tantos quartos e quanto espaço eles teriam na garagem para os quantos carros. Eles ficaram juntos desde o começo e desde lá montaram a vida. 

Tenho outros exemplos em minha vida de pessoas que fizeram o mesmo. Me deixa triste ver na sociedade que declara ao receber um convite e casamento: "Mas vocês são tão jovens! Vão viver a vida! Vão conhecer outras pessoas! E nem terminaram a faculdade, vão viver de amor?" 

Me deixa triste por que acima de qualquer condição, a primeira condição para duas pessoas ficarem juntas deveria ser o sentimento que elas tem uma pela outra. Não para viver de amor. Planejamento é sim importante, eu como 3/4 administrador sei muito bem disso, mas de que adianta se preparar tanto pra viver quando a vida já está mandando a conta!?

Buscar o melhor da sua vida hoje!

Claro, existe tempo... Você não precisa se jogar no primeiro que te olhou no refeitório ou no ônibus. Mas quando encontrar essa pessoa, assuma os riscos ao lado dela. Busque a certeza de que ela será seu amor pro resto da vida. Resto mesmo, quando os cabelos ficarem algodão e já não se suportarem o peso das pernas... 

Dá um medo do caramba de amar nos dias de hoje. Acredito que quando o Fred e a Lorraine se conheceram também sentiram o mesmo frio na barriga. Mas eles deram uma chance pra si mesmos. Uma chance pra serem felizes, pra errarem e tentarem diferente, tentarem novamente, tentarem melhor. 

De uma chance pro erro e pro medo. Viva a coragem que os bons momentos fornecem. Não termine sua vida por pequenas causas, erros todos cometem e você deve manter em sua vida apenas aquelas pessoas que cientes disso irão lhe aceitar de qualquer maneira!

Pra que no fim da vida, assim como o Fred, você possa cantar que gostaria de viver todos os bons momentos, de novo, de novo e blá blá bá...